Tens Liberdade. . .

. . . PARA LER ISTO!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"O Sorriso Manipulado"


Divulgação: Domingo, 13 Dezembro 2009

"O Sorriso Manipulado"


Divulgação: Domingo, 13 Dezembro 2009

"O Sorriso Manipulado"



Divulgação: Domingo, 13 Dezembro 2009

"O Segundo Comunicado"

Caras Pessoas,
Bem-vindas ao “Segundo Comunicado” (não formal!).

Inicialmente, gostava de falar da primeira vaga do nosso projecto visto que tivemos algumas surpresas. Primeira, a nossa ideia de enviar o texto via internet não correu como esperada pois o nosso e-mail foi considerado Spam. Segunda, deparamo-nos com alguma falta de impacto pois grande parte das folhas que afixámos fora retirada das ruas. E terceira foi, como todos/as puderam sentir, as más condições meteorológicas, que foram determinantes.

Contudo, estou certa que não foi em vão o esforço que todos/as fizemos e sinto que, conseguimos pôr algumas pessoas a pensar acerca daquela mensagem. Com estas surpresas, apenas descobrimos quais são as nossas falhas e, daqui para a frente, tentaremos melhorá-las. Aviso, desde já, que – através do site do Instituto Português de Meteorologia – consegue-se ver que estará sol para o país inteiro no próximo Domingo.

De seguida, será importante falar desta segunda vaga do projecto.
A ideia inicial era construir um projecto que fosse contínuo. Um projecto que se fosse tornando cada vez mais visível e perceptível. Como tal, surgiu esta nova ideia: uma folha com uma mensagem mais simples e melhor construída. Assim chegaremos a mais pessoas, pois a leitura está mais facilitada.

Como podem observar, nos documentos em anexo, existem três mensagens diferentes. Esta sugestão surgiu, no núcleo de Coimbra, e baseia-se em colar folhas com mensagens diferentes na mesma cidade.
Isso implicaria que todas as folhas tivessem a mesma assinatura, para poderem ser associadas a um único projecto. A assinatura do projecto, até agora, continua a ser o Sorriso.

Não conseguimos chegar a um consenso acerca de que folhas deveríamos afixar, sendo que, algumas das pessoas envolvidas são da opinião que se deva apenas colar as folhas com a mensagem “Sorria, está a ser filmado” e “Sorria, está a ser manipulado”, e outras pessoas são da opinião que se deva colar também a folha com a questão “Sou civilizado? /Sou domesticado?”.

Estas duas folhas transmitem uma só mensagem, relativa aos conceitos de controlo através da vigilância, e têm o objectivo de confundir quem as lê, ou seja, de colocar os leitores a pensar sobre o que, realmente, leram (Filmado ou Manipulado?). Essa confusão vai permitir, que mesmo sem querer, dêem alguma importância ao nosso projecto, e acabem mesmo por dar importância à questão da mensagem.
Como tal, fica ao critério de cada um/a: afixar a mensagem do “Sorriso Manipulado” apenas, ou afixar ambas. Em anexo seguem, de qualquer modo, os documentos relativos a essas duas hipóteses.

Foi estipulado que o dia para afixar as folhas seria 13 de Dezembro (Domingo) – caso alguém não consiga nessa data, poderá informar-nos para procurarmos uma solução.
O número de cópias que deverão imprimir para afixar fica novamente à decisão de cada um/a, mas repito, quantas mais melhor.
Um aspecto importante, e relativo à impressão, é dizer-vos que os documentos que seguem em anexo não estão em formato Word mas sim em formato JPEG. Quando os abrirem, eles aparecerão como uma fotografia e depois é só clicar em “Imprimir” e automaticamente o texto se ajustará a uma folha A4.

Por fim, gostava apenas de dizer que o nosso Fórum e o nosso Blog estão a crescer e continua aberto o convite para todos/as nós expressarmos a nossa opinião relativamente a qualquer assunto.
Para quem ainda não conhece, o endereço é:
http://existeslogopensa.forumotion.net/

Cumprimentos,
(=


“O Controlo”
Na voz de… - Parte I

É complicado definir - através de uma explicação apenas nossa - a palavra "Controlo" pois todos os nossos impulsos são e estão controlados. A nossa Maneira de Ser já é um conjunto de pequenos controlos e racionalidade.
Somos seres sociais e estamos inseridos numa sociedade, sendo que, a própria palavra "Social" já nos remete para um conjunto de regras e obrigações, direitos e deveres para com o próximo, para com “o todo”. Logo, enquanto seres que se comportam em Sociedade, a “formatação” já é intrínseca. É-nos incutida desde que nascemos e altera-se conforme as nossas experiências e aprendizagens.
Essa “formatação” - socialmente adquirida - sugere-nos, à partida, um grande controlo sob as nossas atitudes, as nossas acções... Sugere-nos o que é o "bom caminho" e o "mau caminho”.
Convida-nos a pensar que estamos perante um número quase infinito de hipóteses, de rumos e no entanto faz-nos esquecer que nós, por decisão própria e noutras condições, poderíamos eventualmente escolher outro caminho que não um dos já propostos/ impostos.
A Sociedade da qual fazemos parte, na realidade, ilude-nos. Faz-nos acreditar que se nos esforçarmos muito, que se trabalharmos muito, podemos alcançar uma vida de sonho (onde Felicidade e Qualidade são as palavras-chave).

Elegem-se, por conseguinte, estereótipos.

Aqueles/as que ocupam um posto de trabalho "importante" (prefiro não falar na corrupção), têm muito dinheiro e muitos bens e que, como tal, são felizes e têm uma boa qualidade de vida.
E aqueles/as que ocupam um posto de trabalho “não tão importante" - ou seja, os/as que não se esforçam ou esforçaram o suficiente para conseguir melhor - e que não têm muito dinheiro nem bens com grande valor monetário, logo, não são felizes e têm sérias dificuldades para viver.
Existe, sem dúvida, estabelecida, uma divisão e desigualdade entre os elementos da mesma sociedade.
Os/as primeiros/as têm que zelar pela vida que têm porque existe o medo "da outra" vida que podem ter. Vão querendo cada vez mais bens e dinheiro, para continuarem a usufruir do rótulo “importante”.
Os/as segundos/as têm que trabalhar ainda mais, para poder acumular alguma riqueza e chegar mais perto da “vida” que queriam ter.
As hipóteses que a Sociedade nos sugere são um tanto ingratas pois, na verdade, não nos deixam grande escolha. Isto porque, indiscutivelmente, o nosso caminho natural é procurar a Felicidade.
Essa é a única coisa que todos/as temos em comum. É dessa procura, dessa livre opção, que, no fundo, estamos todos a ser privados/as de procurar.

O controlo - principalmente controlo de Pensamento - não existe a não ser em nós próprios/as assim como a procura da Felicidade.
Nós temos a capacidade de Escolha, temos a capacidade de ter valor e importância, temos a capacidade de questionar o que "fazemos aqui" e temos, acima de tudo, a capacidade de Sentir.
Vamos Sentir, então.
Vamos tentar procurar responder às nossas verdadeiras necessidades.
Vamos tentar ler mais, ouvir mais. Informarmo-nos mais!
Vamos tentar procurar o verdadeiro “porquê” daquilo que fazemos, da forma como agimos, daquilo que achamos que queremos.
Que Significado encontraremos na nossa existência?
E depois disso, provavelmente, o que vai acontecer é sentirmos um desconforto por vermos a realidade como ela é e não como deveria ser, supostamente.
Depois de todos sentirmos esse desconforto julgo que quereremos (devemos?) alcançar a Felicidade e daí vai surgir a Mudança.

Descontrolemos então, um bocadinho, o nosso Pensamento.
– Mas é apenas a minha opinião. (=




“O Controlo”
Na voz de… - Parte II

(Fique desde já claro que este texto não respeita certas normas, normalmente seguidas pelo autor. Mas tendo em conta o tema em questão, que seja de somenos importância a sua apresentação.)
Caro leitor, alguma vez se sentiu completamente Livre? Alguma vez provou a Liberdade? Alguma vez sentiu que questionava os verdadeiros motivos camuflados por trás da existência da Sociedade e dos seus protocolos, “exageradamente”? Alguma vez entrou numa discussão com os seus “pares”, pois estava convencido de que estariam, mais ou menos, de olhos fechados, ou acorrentados, presos a ideias que poderiam ser facilmente desfeitas, se procurassem, um pouco mais, o acesso a certas informações?
Pois não existe tal coisa como a meia Verdade, ou a Verdade incompleta, que nos alimentam, à força, como se fossemos incapazes de procurar esse nosso alimento, essencial para o Espírito dos livres, a Verdade. Pois apenas através dela seremos mais do que apenas escravos, usados para manter no topo da pirâmide aqueles que sempre lá estiveram, às expensas dos nossos sacrifícios. Perpétuos? Não me parece, ou não estaria a escrever esta mensagem, nem para a vossa leitura, nem fosse para o que fosse. Perpétuos? Não creio, não quero acreditar, não o farei, enquanto não me tirarem ESTA Liberdade.

Controlo: - Acção de controlar ou de dominar; domínio
               - Vigilância exercida sobre o comportamento de alguém;

Não se trata desse imperialismo americano no meio do qual nascemos, e através do qual ouvimos a música, e consumimos os filmes, como se fosse uma verdade absoluta, o facto de nunca chegarmos ao ponto de (re)produzir a nossa cultura. Trata-se da formação do nosso carácter, enquanto procuramos uma resposta completa.
Mas, de novo, voltamos ao comodismo. Como se, de uma maneira assustadora, fossemos de facto incapazes de fazer, seja o que for. Como se fossemos espectadores, nesta tragicomédia, a Sociedade. A parte mais cómica, mais ridícula, atrevo-me, é aquela em que até estamos tão acomodados, de braços cruzados, para bater palmas. (Graças a Deus não se vendem pipocas nos Teatros.)

Marketing: - conjunto de acções e técnicas que tem por objectivo a implantação de uma estratégia comercial nos seus variados aspectos, desde o estudo do mercado e suas tendências até à venda propriamente dita (…)

Comprem!
Já!
Já compraram? Ainda vão a tempo…

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vale a pena ver este vídeo

Quercus - Direitos dos Animais

Quercus - Tarde Demais

Onde estão os Direitos?!

"Primeiro levaram os comunistas, eu calei-me, porque não era comunista. Quando levaram os sociais-democratas, eu calei-me, porque não era social-democrata. Quando levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque não era judeu. Quando me levaram, já não havia quem protestasse".


A frase, ou o poema, é o que resta de um conjunto de declarações avulsas e obscuras de Martin Niemöller (1892-1984), um pastor luterano alemão que foi internado pelos nazis em campos de concentração. Niemöller, que começou por ter sintomas de anti-semitismo e tentou 'dialogar' com Hitler, acabou um dos mais vigorosos críticos da indiferença do povo alemão perante a política de extermínio. Na vulgata, aquelas palavras circulam mais ou menos assim, um brevíssimo tratado da indiferença. E são erradamente atribuídas a Bertolt Brecht, que escreveu contra essa indiferença. A indiferença que prefere voltar as costas à acção. A indiferença da cegueira voluntária.

Quantas vezes ficaremos em silêncio perante a atrocidade? Não a atrocidade que vem descrita nos media e impele ao julgamento ou linchamento colectivo. A atrocidade do vizinho do lado. A atrocidade vulgar e quotidiana, com o sarro da crueldade repetida.

Uma pessoa conta-me uma história: tem uns vizinhos (imigrantes brasileiros) que têm um cão, há mais de um ano. O cão está sempre abandonado no quintal, sem comida e sem água, e alguns vizinhos têm pena do animal e atiram-lhe comida, ou um pouco de água que ele possa lamber, pela janela. Ouvem-no "chorar". Espiam-lhe os ossos saídos. Os brasileiros são agressivos e não admitem maltratar o cão. Por terem atirado comida ao cão, os donos do cão arrombam uma das caixas do correio. Deixam na caixa arrombada um hambúrguer cru. A pessoa não tem meios para colocar uma nova caixa de correio, o prédio é modesto.

Os donos do cão acabam por dizer-lhe que não era para ela, o hambúrguer. Enganaram-se. A caixa fica arrombada. Ninguém denuncia, não vale a pena, acham.

Um dia destas, alguns vizinhos ouvem o cão ganir. Alguns. Estendido no quintal com um pano por cima. Parece estar a morrer. Não se mexe, sem forças. Outra pessoa vai inquirir, a medo, o que se passa com o cão. Foi atropelado. E não o levam ao veterinário? Vão deixá-lo morrer assim? Não conseguiram telefonar, ninguém atendeu os telefones, etc. O cão morre lentamente. Horas depois, levam o cão, embrulhado no pano, e metem-no na bagageira do carro. Vivo. O cão desapareceu. Ninguém sabe se foi internado ou abandonado para morrer.

Quando me contam a história sinto que qualquer coisa deve ser feita. O quê? A pessoa pede-me que nada faça. Uma denúncia à Sociedade Protectora dos Animais? O Código Penal não prevê tutela destes casos. Decido falar com os donos do cão. A palavra dono é importante. A pessoa que me conta a história diz que não tenho nada que intervir, nem causar-lhe problemas com "os brasileiros" que ameaçam toda a gente. Eles são os donos. Talvez o cão regresse.

Lembro-me como detestava ouvir a "carroça dos cães", que vinha de noite apanhar os cães vadios. Matavam-nos com uma injecção no canil oficial. Os cães gemiam aterrorizados dentro da furgoneta sem janelas. Chamavam-lhe "carroça dos cães". Um dia, há muitos anos, vejo um cão ser apanhado. Com uma rede. O rafeiro debate-se, dão-lhe com um pau. Eu era uma criança, nada podia fazer. A sensação de impotência ficou-me. Os tempos mudaram. Hoje, os cães são recolhidos e alimentados no canil da Câmara Municipal. Podem ser adoptados.

Nada me enraivece mais do que a violência contra gente que não se pode defender. Contra animais. São casos em que, muitas vezes, as mulheres, as crianças e os cães têm um 'dono'. E têm medo. Num restaurante de luxo do Algarve vejo um grupo de homens ligados ao futebol sentados com mulheres. Uma delas não é muito nova e tem a cara esmurrada, olhos negros, lábio inchado. Tapa-a com as mãos. Os olhos lacrimejam de vergonha. O dono ri-se, diz-lhe que pode comer com metade da boca. O restaurante assiste, como eu.

Vejo um pai bater no filho perante a indiferença da mãe. Bofetadas e socos. A criança deve ter uns 4 anos e é arrastada pelos cabelos. Há testemunhas. Intervenho e o pai diz que me bate. Falo com a mãe e começa a chorar, pede-me que nada faça. Chamo a polícia. A polícia encolhe os ombros. As testemunhas fugiram, alegando afazeres. Se quiséssemos ir à esquadra... O dono do filho diz que me meti numa birra de criança que não era da minha conta. Diz que me processa. Na despedida, ameaça passar-me com o carro por cima. A criança treme nos braços dele. Sinto-me insuficiente. A claridade moral não nos cega, nós é que escolhemos fechar os olhos. Ainda não sei como termina a história do cão.



Texto publicado na edição do Expresso de 28 de Novembro de 2009
(http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?button=Voltar&p=stories&op=view&fokey=ex.stories/549727)

sábado, 28 de novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Cem/Sem Folhas

"No dia 14 de Novembro de 2009 - um dia depois do "Sorriso Final" ter sido afixado em algumas cidades portuguesas - percorri uma movimentada avenida em Coimbra (Avenida Dias da Silva) e pude reparar que as folhas que aí tinhamos afixado já não se encontravam em lado nenhum.
Rectificando, não se encontravam coladas nos sítios onde as tinhamos exposto.
Parei perto de uma cabine telefónica - local que escolhemos para afixar o nosso texto, em frente à GNR - e lá estava uma folha branca, amarrotada propositadamente, caída no chão.
Alguém a arrancou da cabine, alguém a amarrotou e depois a jogou para o chão. O acto em si já mostra algo bastante grave mas ainda se torna mais grave quando penso que existem vários caixotes do lixo espalhados pela Avenida.

Dirigi-me, então, para Celas - zona também muito movimentada e que concentra um grande números de Bancos - e aí restavam ainda menos folhas. Pude observar - em frente do Santander Totta - uma folha afixada e nessa estava assinalada uma cruz no quadrado relativo ao "Sim".

Mais tarde, soube que o mesmo tinha acontecido em Faro, Espinho e Lisboa: algumas folhas tinham desaparecido.

Para terminar, utilizo a mesma frase que utilizei para comunicar aos membros deste projecto, o sucedido:
"Meus/minhas amigos/as vivemos num país livre, felizmente. Apenas esta censura é que é chata!"

Um beijinho,
(="

sábado, 14 de novembro de 2009

"O Sorriso Final"




Divulgação: Sexta-feira, 13 Novembro 2009

"O Comunicado"

“Na voz de… “ - INÍCIO


“Imagina que tens uns sapatos que te provocam dor nos pés. Tens duas soluções:
Mudar de sapatos porque não gostas de sentir dor.
Não mudar de sapatos porque ninguém te dá certeza de como te vais sentir com os novos.”

Olá a todos/as,

Este não é um “comunicado” formal!

Antes de mais, deixem-me dizer-vos que estou verdadeiramente orgulhosa por estarem a ler este email e também muito feliz por todos vós estarem (re)unidos/as na mesma causa.

A verdade é que não se conhecem uns/umas aos/às outros/as e eu, admito, também não conhecer todos/as. Apesar disso, uma coisa é certa: todos/as sabemos o motivo pelo qual eu estou a escrever e vocês estão a ler.

Gostaria, então, de fazer uma breve introdução e explicação acerca deste “projecto”.

Esta ideia nasceu na tarde do dia 14 de Outubro de 2009, em Coimbra, após ter saído de uma aula. Nessa tarde, criei um texto que teve como base a crítica à mentalidade social.

Escrevi, apaguei, rasguei e, por fim, terminei. Tinha um projecto em mente: afixar aquele texto de Norte a Sul – um pouco por todo o lado! Entrei em contacto com algumas pessoas que tornaram tudo isto possível e após algumas alterações o nosso texto estava acabado e o nosso projecto pronto a ser divulgado.

Perguntaram-me, vezes sem conta, qual era o verdadeiro objectivo de tudo isto e eu, assustada, respondi sempre “Quero que as pessoas pensem!”. Deixem-me dizer-vos que vou continuar a responder o mesmo.

Desejo bastante que, por um único minuto, todos pensem sobre a sua dor de pés.
É esse o meu objectivo pois todos temos uma dor, apesar de diferente (ou muitas vezes, igual).
Não me quero prolongar muito mais sendo que, para terminar, apenas deixo algumas informações:

1ª Este foi o email que criamos (existes.logo.pensas@gmail.com) para enviar, também na Sexta-Feira 13 de Novembro, o mesmo texto via internet. É importante dizer que este e-mail não está identificado com nenhum dos nossos nomes e para além de ser um meio de divulgação deste texto e dos futuros, será também um meio de comunicação entre todos nós. Poderemos, por aqui, ver qual foi o impacto deste “projecto” pois – espero – alguém deverá responder-nos e – quem sabe – juntar-se a nós.

2ª Criamos, para além do e-mail, um blog no qual estarão disponíveis os textos a ser divulgados assim como qualquer tipo de contributo que todos nós queiramos Dar. (http://existeslogopensa.blogspot.com). O blog será inaugurado também dia 13 de Novembro.

3ª Pelo facto da lista de pessoas ter aumentado, tornou-se impossível enviar cópias dos textos por correio para todas as cidades. Por conseguinte, cada um de vós – se possível – fica responsável pela impressão das cópias que afixará. O número de cópias a afixar fica ao vosso critério, sendo que quantas mais, melhor. Se não houver a possibilidade das cópias serem impressas por cada um, é favor comunicar para arranjarmos uma solução.

4ª As cópias do texto serão afixadas no dia 13 de Novembro de 2009, (Sexta-Feira), à noite. Ficando o horário também ao vosso critério, sugerimos que actuem preferencialmente à noite. É proibido afixar. Seja o que for! Mas todos vemos a quantidade de publicidade a que somos sujeitos, em cafés, em postes de luz, em árvores...De qualquer maneira, não queremos que nada corra mal. Evitem colar naqueles sítios “mesmo-mesmo” proibidos (portas de estabelecimentos públicos/casas, carros, autocarros e tudo aquilo que o nosso bom-senso consiga abranger, como carros da polícia).

5ª Alguns pontos de referência para colar a folha: paragens de autocarro/estações de comboios; lugares onde já se encontrem várias folhas (como postes de electricidade, árvores); locais perto de cafés movimentados; Câmaras Municipais; Bibliotecas; Faculdades; filas para as cantinas, etc. Enfim, lugares onde possivelmente alguém pare para ler.

6ª As folhas deverão ser coladas com cola de papel pois é a mais resistente. Tanto à chuva como às pessoas que as queiram arrancar. Essa cola poderá ser comprada em qualquer drogaria ou em grandes superfícies comerciais. Tem um preço acessível. Repito, quem não tiver disponibilidade de comprar a cola faça o favor de dizer. Estamos todos dispostos a ajudar-nos uns aos outros.

7ª Este projecto apenas começou, por isso, todos os contributos que queiram Dar serão importantes para a sua continuidade. Todos temos voz e todos queremos falar. Não me refiro somente à escrita de textos pois já surgiram várias ideias: criação de uma mini peça de teatro em Lisboa, numa zona movimentada; criação de uma música, criação de uma curta ou longa-metragem, etc… Divirtam-se a pensar em algo novo!

8ª Tentem divulgar esta ideia pelas pessoas da vossa confiança com a finalidade de sermos cada vez mais neste “projecto” e ganharmos peso noutras cidades onde ainda não temos possibilidade de chegar. Enviem-me depois, o email das pessoas que queiram começar a ajudar.

9ª As zonas onde a nossa folha irá aparecer são: AVEIRO; BRAGA / VIANA DO CASTELO; COIMBRA; ÉVORA; FARO; FÁTIMA / OUREM / LEIRIA; LISBOA; PORTIMÃO; PORTO; RIO MAIOR. Possivelmente estará presente noutras cidades também, mas ainda não é nada confirmado.

10ª Possivelmente, quando forem imprimir o texto do documento do Word irá aparecer uma mensagem a dizer que o texto ultrapassa as margens da folha. Ignorem isso! (A menos que, realmente, ultrapasse!)

Em anexo está disponível o texto que será igual para todas as cidades.
Deixo convosco um grande “Boa Sorte!” e um, ainda maior, “Muito obrigada!”

E já agora, em jeito de curiosidade, seremos 33 pessoas a colar a folha no mesmo dia, a nível nacional… e não, não foi propositado!

Com os melhores cumprimentos,
(=

P.S. – Quando expus a analogia da dor de pés, muitas pessoas me disseram que não mudavam de sapatos porque tinham medo de arriscar e preferiam sentir a dor que já tinham. Vale a pena dar 10 minutos do nosso dia a quem tem essa opinião e estarmos disponíveis para uma produtiva conversa.


“Na voz de…” - FIM

Não é uma conspiração, não é um golpe de Estado. Não passa, no fundo, de uma acção, baseada numa perspectiva, numa crença, num desconforto. Não é, certamente, sem causa, que nos empenhamos em pôr as pessoas a falar. Porque é, cada vez mais, importante que se pense, que se fale e que se questionem certas verdades. Aliás, certos dogmas. É a existência destes dogmas, destas algemas invisíveis, que tornam imperativa a acção, enquanto ao mesmo tempo, a tornam cada vez mais difícil. Aparentemente.

No fundo, se estamos insatisfeitos (cada um por motivos diferentes, de facto) porque motivo ficamos parados, à espera, indefinidamente, que tais problemas sejam resolvidos, sem agir, positivamente, para esse fim?

Preguiça. Descrença. Uma pitada de corrupção.

É principalmente a descrença a responsável pela nossa passividade. É por nascermos no meio de um Sistema tão grande com os valores, às vezes, com tão grandes falhas e desigualdades, que, ao discordarmos de certas políticas, sentimos que não pertencemos, não compreendemos ou que não somos aptos para fazer parte da civilização nesta Sociedade.

Não comecemos por falar sobre problemas ambientais, ou económicos, ou de qualquer assunto relacionado com as acções dos Governos, aqui e ali, e um pouco por toda a parte. Falemos das nossas acções, no dia-a-dia, e do alcance que têm. Na atitude que demonstram. Falemos nos nossos hábitos, e da nossa mentalidade. Mas comuniquemos. Expressemos a nossa individualidade, através da nossa opinião, ou através da Música, ou do Teatro, ou seja do que for. Que não haja o mínimo receio de exclusão, ou do preconceito. Evoluamos. Procuremos procurar alternativas!

A Humanidade em cada um de nós é diariamente confrontada, reprimida. Numa fila, num autocarro, num hospital, no meio da rua. Deseducados, criamos preconceitos contra uns e contra outros, por não conseguirmos compreender a beleza da diversidade, num planeta que estamos a destruir.

E parece normal. Estamos tão habituados a ver imagens de caos, peste e guerra, de ouvir relatos de atentados terroristas, de ver relacionadas imagens de fabricas a fumegar, e de outras fábricas a imprimir a nota, que quando se pára para pensar sobre qual é o nosso papel no meio desta Máquina, ou desta tendência, tiramos a mais óbvia conclusão de que tudo isto nos transcende.

Já mal tiramos o tempo para apreciar uma noite de lua cheia, ou o encher da maré, ou os passitos da criança a experimentar o Mundo, de tão consumidos pela nossa pressa, para pagar os impostos, determinados a fazer o Sistema funcionar. “Perpetuar-se”, seria a palavra mais indicada, mas com o rumo que tal (Des)Humanidade leva, talvez em breve deixe de ser possível fazê-lo, de todo. Pertencemos, invariavelmente a um modo de socialização em que o mais importante não é colaborar. É competir. É ter mais, quando podíamos todos ter tudo o que de bom este planeta oferece. E conseguem conceber o porquê?

Somos controlados, através da economia, quando temos de “esticar a corda”, para chegar ao fim do mês. São os preços do combustível, e a inflação no geral. São as políticas de segurança, e de educação. São os níveis de desemprego, e as pandemias. E há que estar protegido! É a publicidade. É a nossa inactividade, a nossa incapacidade de chegar ao fundo das questões, e à Verdade. Parece um pesadelo, ao fim ao cabo. E não é justo, por todas as crianças que cá surgem e podiam experimentar o Mundo em circunstâncias diferentes. Mas continuamos a deixar que nos deixem levar… Como ovelhas.

Felizmente, somos cada vez mais, os que querem acordar deste pesadelo em que nos mantêm. Porque essas algemas estão a apertar. Felizmente, somos cada vez mais os que estão, através desta iniciativa e de outras, a contribuir para a mudança daquela mentalidade tacanha de quem encolhe os ombros e diz: “É a Vida.”. Felizmente, somos cada vez mais, os que falam, e agem, livres de preconceitos, hoje e amanhã, e enquanto houver Esperança!

Felizmente, a Mudança já está a acontecer. Espalhar-se-á como e com o bom senso, no fundo. E todos os que estão, neste momento, a ler isto, fazem parte dessa mudança. Dessa confiança no Bem e na Justiça. Em valores como a Paz e a Harmonia. Bem-haja, e um forte abraço. Coragem!